A
Eternidade está dormindo: o seu segredo é esse, por isso nunca
morre...
Às
vezes sonha as guerras, pesadelos que vivemos no tempo.
E,
como o tempo não tem tempo nem para folhear o álbum de família,
tudo pode acontecer: Tamerlão, Alexandre, Hitler... E nós sempre
vamos na onda, pois nunca ninguém pôde adivinhar o novo pseudônimo
do Papão do Mundo. Nunca se sabe...
O
que vai ser, meu Deus?!
Serão
as multinacionais, os emirados árabes, os Lions Clubes, a solerte
infiltração das múltiplas religiões asiáticas? Pois já disse o
Diabo certa vez, na Bíblia: “O meu nome é Legião.” Portanto,
poeta, não te filies a nada, muito menos às escolas poéticas.
Evita, principalmente, as academias de letras, tanto as provincianas
como a academia-mãe: nunca se sabe...
Faze
no teu cantinho o teu poeminho. Esse absurdo de sempre existirem
poetas apesar de tudo — deve significar alguma coisa...
Deve
ser o fio de vida que vai unindo, pedaço a pedaço, essa colcha de
retalhos que é a história do mundo.
Mário
Quintana, in A
vaca e o hipogrifo
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