segunda-feira, 12 de junho de 2017

A Eternidade está dormindo

A Eternidade está dormindo: o seu segredo é esse, por isso nunca morre...
Às vezes sonha as guerras, pesadelos que vivemos no tempo.
E, como o tempo não tem tempo nem para folhear o álbum de família, tudo pode acontecer: Tamerlão, Alexandre, Hitler... E nós sempre vamos na onda, pois nunca ninguém pôde adivinhar o novo pseudônimo do Papão do Mundo. Nunca se sabe...
O que vai ser, meu Deus?!
Serão as multinacionais, os emirados árabes, os Lions Clubes, a solerte infiltração das múltiplas religiões asiáticas? Pois já disse o Diabo certa vez, na Bíblia: “O meu nome é Legião.” Portanto, poeta, não te filies a nada, muito menos às escolas poéticas. Evita, principalmente, as academias de letras, tanto as provincianas como a academia-mãe: nunca se sabe...
Faze no teu cantinho o teu poeminho. Esse absurdo de sempre existirem poetas apesar de tudo — deve significar alguma coisa...
Deve ser o fio de vida que vai unindo, pedaço a pedaço, essa colcha de retalhos que é a história do mundo.
Mário Quintana, in A vaca e o hipogrifo

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