Um homem cinza. A
sorte nua
fez que não o
quisesse uma mulher;
essa história é a
história de cores qualquer
mas de quantas há
sob a lua
é a que mais dói.
Terá pensado
em se tirar a vida.
Não sabia
que essa espada,
essa amargura, essa agonia,
eram o talismã,
que lhe foi dado
para alcançar a
página que vivia
além da mão que a
escrevia
e do alto cristal
de catedrais.
Cumprido seu labor,
foi obscuramente
um homem que se
perde entre a gente;
nos deixou coisas
imortais.
Jorge Luis Borges
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