Rabisco
aqui
de
próprio punho
o
rascunho
de
tuas horas que são minhas.
Entreguei
à lua
a
regência de minhas horas que são tuas.
Pediu-se
ao vento
para
enganar o tempo com seus assobios
e
aos trinados vadios das aves errantes,
que
convocassem os passantes
para
escutar a nova sinfonia.
Sobre
a terra quente e latejante,
despejei
bemóis e sustenidos
para
germinar no solo a melodia
que
rege a vida com a fúria dos sentidos.
Flora
Figueiredo
Nenhum comentário:
Postar um comentário