Triunfo
de herói morto — claro, dórico
Em
seus verões eretos, passageiros
Sustentos
de frontões de eternidade
Invernosos,
sombrios.
Que
mãos, postas em meio a tua ausência
Clamorosa,
puderam resolver
O
enigma dos eclipses desse sol
Alegórico,
altivo?
Mas
não temos resposta.
E
a esfinge desdenha
Devorar-nos
na paz que a transfigura
Após
a fértil guerra pela inútil
Coroa
longeviva.
Entretanto
jazemos entre as tochas
Com
ele. E nos repele. E nos confunde.
E
só resta partir, por desertos agônicos
Semeando-lhe
as cinzas,
Até
que destas velas nasçam ramas
E
pássaros apaguem luto e chamas.
Mário
Faustino
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