Nada
com nada se assemelha.
Qual
seria a diferença
entre
o fogo do meu sangue
e
esta rosa vermelha?
Cada
coisa com seu peso,
cada
quilômetro, seu quilo.
De
que é que adianta dizê-lo,
isto,
sim, é como aquilo?
Tudo
o mais que acontece,
nunca
antes sucedeu.
E
mesmo que sucedesse,
acontece
que esqueceu.
Coisas
não são parecidas,
nenhum
paralelo possível.
Estamos
todos sozinhos.
Eu
estou, tu estás, eu estive.
Paulo
Leminski
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