13.
Em verdade, te digo, que amo aquele
que
não odeia a ninguém e a ninguém faz mal,
mas
é amigo e amante de toda a Natureza, e aquele
que
é bondoso, livre de vaidade, orgulho e egoísmo,
e
conserva sempre a equanimidade, sendo paciente
na
desventura.
14.
Amo aquele que é sempre constante, afável
e
piedoso, manso de coração e de firme vontade,
e
sujos pensamentos em Mim se concentram.
15.
Amo aquele que não tem cuidados mundanos,
não
teme o mundo e não é tímido; quem
é
livre de turbulência, da cólera, impaciência e
medo,
e não se entrega à tristeza nem à alegria
excessiva.
16.
Amo aquele que não tem preconceitos,
é
justo e puro, imparcial, confidente, livre de toda
ânsia,
e nunca se desespera.
17.
Amo aquele que não se apaixona, nem
odeia,
não se entristece nem cobiça, e desapega-se
das
ações tanto boas como más.
18.
Amo aquele que igualmente considera o
amigo
e o inimigo, os honrados e os desprezados,
e
com igual ânimo suporta o calor e o frio, o
prazer
e a dor, a nada se apegando.
19.
Amo aquele que não murmura contra o
destino,
não se importa se o mundo o louva ou
censura,
em todo lugar está contente e, firme em
seu
propósito, em Espírito Me adora.
20.
Porém, os mais amados Meus são aqueles
que
praticam, qual indiquei, esta bendita e jamais
falível
Yoga ou União, com fervor e amor
tal,
que não vejam nenhum outro ideal superior.
In:
BHAGAVAD-GÎTÂ: a mensagem do mestre. Tradução de Francisco
Valdomiro Lorens
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