quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Amores: miúdo e inteiriço


 “Diz que direi ao senhor o que nem tanto é sabido: sempre que se começa a ter amor a alguém, no ramerrão, o amor pega e cresce é porque, de certo jeito, a gente quer que isso seja, e vai, na ideia, querendo e ajudando; mas, quando é destino dado, maior que o miúdo, a gente ama interiço fatal, crescendo de querer, e é um só facear com as surpresas. Amor, desse cresce primeiro; brota depois.
Fala de Riobaldo, in Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa

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