"Aqui na minha frente a folha branca
do papel, à espera; dentro de mim esta angústia, à espera: e nada escrevo. A
vida não é para se escrever. A vida — esta intimidade profunda, este ser sem
remédio, esta noite de pesadelo que nem se chega a saber ao certo porque foi
assim — é para se viver, não é para se fazer dela literatura."
Miguel
Torga, in Diário (1936)
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