Basquiat
tinha ascendência porto-riquenha por parte de mãe e haitiana por parte de
pai. Desde cedo mostrou uma aptidão incomum para a arte e foi influenciado pela
mãe, Matilde, a desenhar, pintar e a participar de atividades relacionadas ao
mundo artístico. Em 1977, aos 17 anos, Basquiat e um amigo, Al Diaz, começaram
a fazer grafite em
prédios abandonados em Manhattan. A assinatura era sempre a mesma: "SAMO"
ou "SAMO shit" ("same old shit", ou, traduzindo, "a
mesma merda de sempre"). Isso gerou curiosidade nas pessoas,
principalmente pelo conteúdo das mensagens grafitadas. Em dezembro de 1978, o veículo Village
Voice publicou um artigo sobre
as escrituras. O projeto "SAMO" acabou com o epitáfio "SAMO IS
DEAD" (SAMO está morto) escrito nas paredes de construções do SoHo novaiorquino.
Em 1978, Basquiat abandonou a
escola e saiu de casa, apenas um ano antes de se formar. Mudou-se para a cidade
e passou a viver com amigos, sobrevivendo através da venda de camisetas e
postais na rua. Um ano depois, em1979, contudo, Basquiat ganhou um status de celebridade dentro
da cena de arte de East Village em Manhattan por suas
aparições regulares em um programa televisivo. No fim da década de 1970,
Basquiat formou uma banda chamada Gray, com o então desconhecido músico e ator Vincent Gallo.
Com o conjunto, tocaram em clubes como Max's Kansas City, CBGB, Hurrahs e o Mudd
Club. Basquiat e Gallo viriam a trabalhar em um filme chamado Downtown 81 (também
conhecido por "New York Beat Movie"). A trilha sonora deste tinha
algumas gravações raras da Gray. A carreira cinematográfica de Basquiat também
incluiu uma aparição no vídeo "Rapture" da banda Blondie.
Basquiat
começou a ser mais amplamente reconhecido em junho de 1980 quando
participou do The Times Square Show, uma exposição de vários artistas
patrocinada por uma instituição de nome "Colab". Em 1981, o poeta, crítico de
arte e "provocador cultural" Rene Ricard publicou
um artigo em que comentava sobre o artista. Isso ajudou a catapultar de vez a
carreira de Basquiat internacionalmente. Nos anos consecutivos, Basquiat
continuou a exibir sua obra em Nova Yorque ao lado de artistas como Keith Haring e Barbara Kruger. Também
realizou exposições internacionais com a ajuda de galeristas famosos.
Já
em 1982, Basquiat era visto frequentemente na companhia de Julian
Schnabel, David Salle e outros
curadores, colecionadores e especialistas em arte que seriam conhecidos depois
como os "neo-expressionistas". Ele começou a namorar, também, uma
cantora desconhecida na época, Madonna.
Neste mesmo ano, conheceu Andy Warhol,
com quem colaborou ostensivamente e cultivou amizade.
Dois anos depois, em 1984, muitos de seus
amigos estavam preocupados com seu uso excessivo de drogas e seu comportamento paranoico.
Basquiat, então, já estava viciado em heroína. No dia 10 de fevereiro de 1985,
Basquiat foi capa da revista do The New York Times, em uma reportagem dedicada
inteiramente a ele. Com o sucesso, foram realizadas diversas exposições
internacionais em todas as maiores capitais europeias. Basquiat morreu de um
coquetel de drogas (uma combinação de cocaína e heroína conhecida popularmente
como "speedball") em seu estúdio, em 1988. Após sua morte, um filme
que levava seu nome foi lançado contando sua biografia, dirigido por Julian
Schnabel e com o ator Jeffrey
Wright no papel de Basquiat.
Fonte: Wikipedia
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