terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O Pastor

Tinha a mania de abra­çar as árvo­res, falava com as plan­tas e tinha ‘mão verde’. Perdia-se no tempo dos óleos e acrí­li­cos, acre­di­tava em fadas e pin­tava bos­ques encantados.
Contou-me um dia que um pas­tor se tinha sen­tado a ‘ver-lhe” as telas.
Parado, qui­eto, o pas­tor demo­rou uma eter­ni­dade que lhe pare­ce­ram segun­dos. Sobre os azuis, ver­des abs­trac­tos disse-lhe:
- Vos­se­mecê pin­tou a minha aldeia!
Rita Roquette de Vasconcellos

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