sábado, 1 de setembro de 2012

O embate entre o primeiro e o segundo eu

“Ninguém pode desejar aquilo que lhe seja fundamentalmente danoso. Se há indivíduo que aparentem fazê-lo – talvez aparentem continuamente – a explicação de tal atitude reside na circunstância de que em cada um deles há um eu que assim busca gratificar-se, embora seja bastante prejudicial ao outro eu que também existe dentro deles e se vê compelido a assistir e julgar o problema. Se tivessem desde o início dado apoio a esse segundo eu, e não somente após tal julgamento, o primeiro eu teria sido anulado e, como ele, o desejo malsão.”
Franz Kafka, in Contos, parábolas e aforismos

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