Poetas têm o dom da ambiguidade.
A imagem pode ser falsa ou verdade,
Depende só de como se interpreta.
O matemático é uma linha reta.
Filósofos duvidam da unidade.
Católicos têm fé numa trindade.
Mas o poeta nunca se completa.
Quer no “duplipensar” do autor inglês,
Quer seja o “VIVA VAIA” do concreto
Ou triplo trocadilho, a dois por três,
Palavra de poeta não tem teto,
Tem piso, onde rasteja este freguês
Do pé perverso, meu pé predileto.
Glauco Matoso
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