“O que
pode ser acrescentado à felicidade do homem que goza de boa saúde, não tem
dívidas e está com a consciência limpa? Para alguém nessa condição, todos os
acréscimos de fortuna podem ser justificadamente considerados supérfluos; e, se
ele muito se exaltar por causa deles, isso só poderá ser fruto da mais frívola
ligeirice. [...] Mas, embora pouco se possa acrescentar a essa condição, muito
se pode subtrair dela. Pois, ainda que o intervalo entre ela e o ponto mais
extremo da prosperidade humana não seja mais que uma ninharia, o intervalo
entre ela e o fosso da mais profunda infelicidade é imenso e prodigioso. A
adversidade, em razão disso, necessariamente deprime a mente do sofredor a um
ponto muito mais baixo do seu estado natural do que a prosperidade é capaz de
fazê-lo erguer-se acima deste”.
Adam
Smith, in A Teoria dos
Sentimentos Morais
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