“Há tantas formas de ser culpado e de perder-se
para sempre e de se trair e de não se enfrentar. Eu escolhi a de ferir um cão”,
pensou o homem. “Porque eu sabia que esse seria um crime menor e que ninguém
vai para o Inferno por abandonar um cão que confiou num homem. Porque eu sabia
que esse crime não era punível.”
Sentado na chapada, sua cabeça matemática estava
fria e inteligente. Só agora ele parecia compreender, em toda sua gélida
plenitude, que fizera com o cão algo realmente impune e para sempre. Pois ainda
não haviam inventado castigo para os grandes crimes disfarçados e para as
profundas traições.”
Clarice
Lispector, in Laços de Família
Pra meu gosto e é gosto mesmo, que não devo satisfação a crítico literário de tigela vazia, esse é o melhor blog intelectual do Rio Grande do Norte. Consegue ser culto sem ser chato. Erudito sem ser besta e instrutivo sem ser maçante. Poesia é feitura do belo com a língua e não baboseira deslinguada! Pobre RN de medíocres Cânones. Abraço de François Silvestre.
ResponderExcluirOlá, amigo François Silvestre, sempre tão generoso para este despretensioso e relegado blog! Domingo, 25/03, o blog completou um ano de existência (fiz uma pequena referência; queria fazer uma grande retrospectiva do blog, que considerei desnecessária - as matérias postadas falam por si só!) e pretendia não mais postar; mas neste post Togo Ferrário me parabenizou e fez elogios ao Rapadura Cult. São atos isolados, porém energizantes, para eu continuar (até quanto?!) sozinho, a plantar, colher, carregar, moer, cozer a garapa e fazer a rapadura. Tudo isso sem nenhum ganho, ao contrário!
ResponderExcluirAmigo, pretendo subir a Serra de Martins em julho e seria uma honra encontrá-lo para um bate-papo - ou uma entrevista.
Um abraço literário antes do literal!
Elilson Batista
Me avise. Quero ser seu guia.
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