A Teoria da Relatividade de Albert Einstein é "incrivelmente
precisa", segundo um estudo publicado nesta sexta-feira (30), que ressalta
os acertos dos cálculos do físico alemão na hora de explicar a expansão do
Universo.
Esta conclusão surge de uma pesquisa feita por
uma equipe de físicos da Universidade de Portsmouth (sul da Inglaterra) e do
Instituto Max Planck de Física Extraterrestre da Alemanha, cujos resultados
foram anunciados nesta sexta-feira em um encontro nacional de astronomia na
Universidade de Manchester (Inglaterra).
Assim,
a expansão do Universo poderia ser explicada mediante a teoria de Einstein e a
constante cosmológica, uma combinação que representa a resposta "mais
simples" para este fenômeno, segundo os especialistas.
Os
pesquisadores se centraram no período compreendido entre 5 bilhões e 6 bilhões
de anos, quando o Universo tinha quase a metade da idade de agora, e realizaram
medições com uma precisão "extraordinária".
A
Teoria da Relatividade de Einstein prediz a velocidade pela qual galáxias muito
afastadas entre si se expandem e se distanciam entre si, e a velocidade com a
qual o Universo deve estar crescendo na atualidade.
Estes
resultados são, segundo a pesquisadora Rita Tojeiro, "a melhor medição da
distância intergaláctica já feita, o que significa que os cosmólogos estão mais
perto que no passado de compreender por que a expansão do Universo está se
acelerando".
Neste
processo parece ter um grande protagonismo a energia do vazio, relacionada com
o período inicial da expansão, e segundo alguns astrofísicos também com a
aceleração da expansão do Universo.
Na
opinião de Rita, o melhor da Teoria Geral da Relatividade de Einstein é que ela
pode ser comprovada e que os dados obtidos neste estudo "são totalmente
consistentes" com a noção de que esta energia do vazio é a responsável
pelo efeito de expansão.
Segundo
os especialistas, esta confirmação ajudará os cientistas a compreender melhor o
que é que causa este misterioso processo e por que ele acontece.
Eles
também esperam avançar na pesquisa da matéria escura, aquela que não emite
suficiente radiação eletromagnética para ser detectada com os meios técnicos
atuais, mas cuja existência pode ser deduzida a partir dos efeitos
gravitacionais que causa na matéria visível, tais como as estrelas e as
galáxias.
Os
físicos calculam que a matéria escura representa cerca de 20% do Universo, e o
estudo publicado nesta sexta parece apoiar sua existência.
"Os
resultados não mostram nenhuma evidência de que a energia escura seja
simplesmente uma ilusão fruto de nosso pobre entendimento das leis da
gravidade", acrescentou Rita.
Uma
melhor compreensão da matéria escura ajudaria a entender por sua vez de que são
feitos os buracos negros.
Fonte: Yahoo! Notícias (EFE)
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