A morte é
a única certeza para todos nós, pode ser uma bênção mas às vezes pode ser uma
maldição. Veja agora como a morte pode vir quando menos se espera.
COMEU DEMAIS EM UM BANQUETE EM SUA HOMENAGEM
O filósofo francês Julien Offray de La Mettrie
morreu em 1751 no meio de um banquete que o embaixador Francês Tirconnel
ofereceu em sua homenagem. Além de ser pensador, La Mettrie também era médico e
teria curado uma grave doença de Tirconnel. Comenta-se que La Mettrie quis
mostrar a sua potência estomacal comendo um monte de patê de trufas. Resultado:
desenvolveu uma forte febre que levou-lhe ao delírio e faleceu em seguida.
Ainda existe outro caso: John Kendrick, respeitado
capitão da Marinha americana, morreu em 1794 depois de ter vencido a Batalha de
Kalauao, no Havaí. Quiseram fazer uma salva de tiros de canhão para comemorar.
Um dos tiros acertou o deck do capitão. Triste história.
ENCHENTE DE CERVEJA
Nadar em cerveja pode ser o sonho de muito beberrão,
mas a Enchente de Cerveja de Londres (1814) fez estrago. Vários tonéis de
cerveja da Meux and Company Brewery estouraram e mais de 1.470.000 litros da
bebida formaram uma enxurrada que destruiu duas casas e ainda derrubou uma
parede do pub Tavistock Arms, que veio a esmagar a funcionária Eleanor Cooper.
Coitada!
Outro caso em 1919 aconteceu em Boston. Um desastre
parecido, mas envolvendo melaço – um tanque estourou e um tsunami de melaço
vindo a 56 km/h matou 21 pessoas e feriu mais 150. Dizem que até hoje dá para
sentir um cheiro de açúcar no ar quando o dia fica mais quente!
UM TIRO EM SI MESMO COMO PROVA
O democrata Clement Vallandigham lutou na Guerra
Civil Americana e mesmo assim parece que não levava muito jeito com as armas
(ou levava jeito demais, sei lá). Em 1871, aos 50 anos, Clement pegou um caso
jurídico no qual defendia um homem acusado de atirar em um rapaz numa briga de
bar. Sua alegação dizia que era possível a vítima ter atirado em si mesma por acidente
enquanto tentava tirar a pistola do bolso – e quis fazer uma demonstração ao
júri. Resultado: Clement realmente provou o seu ponto de vista, mas a que
preço! A arma estava carregada e ele não resistiu ao ferimento. o acusado foi
inocentado por Clement ter provado que a vítima realmente havia se suicidado
por acidente.
DURO DE MORRER
Esta história é mais trágica do que realmente
inusitada. Mas vale, porque ninguém gostava mesmo desse cara. O místico russo
Grigori Rasputin era odiado entre o povo e entre a nobreza. Em 1916, ele foi
vítima de uma trama de parlamentares e aristocratas: envenenaram o coitado num
jantar. Mas a úlcera de Rasputin o fez expelir todo o veneno. Então, o suposto
bruxo foi fuzilado com onze tiros e não morreu. Foi castrado e continuou vivo.
Daí, resolveram espancá-lo e atirá-lo insconsciente em um rio, até que ele
morreu – afogado.
OVERDOSE DE SUCO DE CENOURA
Dizem que cenoura faz bem para os olhos. Mas a
sabedoria popular também fala que todo excesso faz mal, né? O arqueólogo Basil
Brown que o diga! A história conta que lá pelos idos de 1974 o homem virou um
viciado em vida saudável e decidiu fazer uma dieta louca para limpar o
organismo: beber um galão de suco de cenoura por dia durante dez dias seguidos.
Ele até terminou a meta, mas morreu dias depois, vítima de falência renal. Overdose de vitamina A.
ENVENENADO POR UM GUARDA-CHUVA
A história do escritor búlgaro Georgi Markov é muito
bizarra. Seus textos que saíam nos jornais não agradaram o governo da época e
ele começou a ser perseguido pela polícia secreta da Bulgária e pela KGB em
1978. Tentaram matar o coitado duas vezes, mas só conseguiram na terceira vez.
Markov estava atravessando a ponte de Waterloo para pegar o ônibus para a BBC
quando sentiu uma dor aguda na coxa, como se fosse uma picada de inseto. Olhou
para trás e viu um homem pegando um guarda-chuva do chão, saindo correndo e
entrando em um táxi. Horas depois ele começou a ter febre e foi para o hospital
passando muito mal, vindo a falecer três dias depois. Causa da morte?
Envenenamento por ricina. O assassino? Francesco “Piccadilly” Gullino. A arma
do crime? Um guarda-chuva envenenado.
O VIDRO INQUEBRÁVEL
Advogado adora razão. Em 1993, Gary Hoy quis provar
a todos os seus colegas de escritório que o vidro da janela do Toronto-Dominion
Centre era impossível de ser quebrado. E provou, mas do jeito errado. O homem
bateu tanto no vidro que ele pulou (inteiro) para fora da armação da janela.
Resultado: Hoy foi junto, despencando do 24º andar. Sua morte foi tão nada a ver
que levou um Darwin Award, prêmio concedido àqueles que contribuem para a
evolução humana de maneira excepcionalmente negativa.
BOMBA FEITA COM UM BARALHO
William Kogut pode não ter sido esperto na hora de
cometer seu crime – ele foi preso em 1930 pelo assassinato de Mayme Guthrie -,
mas foi bem inteligente na hora de tomar as rédeas do seu destino. Kogut não
queria passar o resto da vida preso na penitenciária San Quentin, então decidiu
se matar de modo bem engenhoso. Pegou as cartas vermelhas do baralho e picotou
tudo, colocando os pedacinhos em um cano de metal junto com água e madeira. O
cano foi colocado no aquecedor da cela e eis a bomba de William – ele sabia que
a tinta vermelha das cartas era inflamável. Genial!
Newton Silva, na coluna Aí Dento!, do Besta Fubana
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