sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Angkor Wat: a cidade templo

Em meio à floresta do Camboja o Império Khmer construiu na antiga capital Angkor sua mais preciosa joia: Angkor Wat. Abandonado e desconhecido, o templo de Angkor Wat permaneceu habitado durante séculos apenas pelos monges budistas e alguns aldeões que nada sabiam contar de sua história para os ocidentais que ali chegaram no século XIX. Hoje é um dos destinos mais visitados no mundo.

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Angkor Wat – ou "cidade templo", em sânscrito - é maior que qualquer catedral medieval e protegida por um fosso. O templo ergue-se nas regiões alagadiças no centro do Camboja. Sua altura é duas vezes maior que a da Torre de Londres, representando um dos maiores projetos de engenharia da história - não apenas pelo tamanho, mas por ter sido construído sobre água. Angkor Wat flutua sobre um pântano sustentado por diversas galerias subterrâneas. O local foi construído ao longo de 35 anos (muitas catedrais europeias levaram mais de 200 anos e são frequentes vezes menores que Angkor Wat).

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Angkor Wat – ou "cidade templo", em sânscrito - é maior que qualquer catedral medieval e protegida por um fosso. O templo ergue-se nas regiões alagadiças no centro do Camboja. Sua altura é duas vezes maior que a da Torre de Londres, representando um dos maiores projetos de engenharia da história - não apenas pelo tamanho, mas por ter sido construído sobre água. Angkor Wat flutua sobre um pântano sustentado por diversas galerias subterrâneas. O local foi construído ao longo de 35 anos (muitas catedrais europeias levaram mais de 200 anos e são frequentes vezes menores que Angkor Wat).
Sua primeira decisão foi a escolha de Vishu como padroeiro - deus hindu, sempre escolhido pelos reis em tempos de guerra. E em sua homenagem começou-se a erguer Angkor Wat. O material escolhido não foi a madeira – comum nas construções do povo Khmer – pois esta, assim como os homens, tem um fim. Para a tarefa trouxeram cerca de cinco mil operários de todos os lugares dos reinos, que buscaram pedras e matérias das regiões mais longínquas, revestiram o pântano e construíram um complexo sistema de engenharia para o templo não afundar.
Além do povo, o rei requisitou arquitetos, filósofos, poetas e profetas neste projeto, para que sua alma fosse direto para o paraíso com a construção do templo. Sua escala é divina, reproduzindo na terra o mundo dos deuses em ricos detalhes. A concepção do templo é baseada no Monte Meru, a morada dos deuses, que estaria localizada em um dos cinco montes ao norte do Himalaia. Por isso, no centro fica a torre principal, rodeada por cinco torres – com formato de flor de lótus - que se elevam a 65 metros dos pântanos.

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A construção é toda em laterita – um tipo de solo que, quando seco, se torna uma rocha resistente. Esta rocha não é muito bela e está cheia de buracos, o que impossibilitava o trabalho dos escultores para realização dos baixos-relevos e outros entalhes. A solução veio da vizinha Índia, que utilizava o arenito nas esculturas de suas construções. Assim, blocos gigantes de quatro toneladas foram transportados pelos canais.
Esses baixos-relevos ocupam toda a superfície do templo, seja em forma de adornos arquitetônicos, geométricos, florais, figuras femininas - presença onipresente - ou simplesmente imitando telhas, portas e janelas. Cenas do livro Mahabharata, Ramayana, Bhagavata-Purana – textos clássicos da literatura hindu - assim como um desfile do rei Suryavarman II com as suas tropas são retratados nessas obras.
Quinhentos acres de floresta tropical foram destruídos para a construção do templo. Uma tarefa árdua, dificultada pela falta de ferramentas adequadas, longe das fontes de pedras, com o tormento de insetos e animais, um calor escaldante e as monções. O local era o mais complexo possível (uma planície alagada), mas simbolicamente o mais perfeito, pois era o centro do império.

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A construção foi pensada primeiramente como túmulo do imperador, mas após sua morte os trabalhos foram interrompidos e o local tornou-se o centro político e religioso do império, abrigando o templo principal e o palácio real. Seu sucessor, Jayavarman VIII, que antes era monge budista, mandou remodelar o templo para adaptá-lo ao seu culto. Mas nesse período o Império Khmer já entrara em declínio.

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Mesmo após a decadência do império, os monges e alguns habitantes permaneceram no templo. Hoje, os esforços para restaurá-lo - já foi vitima de saques do Khmer Vermelho na década de 1970 e de contrabandos – envolvem pessoas de todo o mundo. Sua representatividade é tamanha que sua silhueta aparece na bandeira do Camboja, tornando-se símbolo do país e seu principal ponto turístico. Seja pela história ou magnitude, Angkor Wat é o maior entre todos os templos.
Fonte: obviousmag.org

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