Em
meio à floresta do Camboja o Império Khmer construiu na antiga capital Angkor
sua mais preciosa joia: Angkor Wat. Abandonado e desconhecido, o templo de
Angkor Wat permaneceu habitado durante séculos apenas pelos monges budistas e
alguns aldeões que nada sabiam contar de sua história para os ocidentais que
ali chegaram no século XIX. Hoje é um dos destinos mais visitados no mundo.
Angkor
Wat – ou "cidade templo", em sânscrito - é maior que qualquer catedral
medieval e protegida por um fosso. O templo ergue-se nas regiões alagadiças no
centro do Camboja. Sua altura é duas vezes maior que a da Torre de Londres,
representando um dos maiores projetos de engenharia da história - não apenas
pelo tamanho, mas por ter sido construído sobre água. Angkor Wat flutua sobre
um pântano sustentado por diversas galerias subterrâneas. O local foi
construído ao longo de 35 anos (muitas catedrais europeias levaram mais de 200
anos e são frequentes vezes menores que Angkor Wat).
Angkor
Wat – ou "cidade templo", em sânscrito - é maior que qualquer
catedral medieval e protegida por um fosso. O templo ergue-se nas regiões
alagadiças no centro do Camboja. Sua altura é duas vezes maior que a da Torre
de Londres, representando um dos maiores projetos de engenharia da história -
não apenas pelo tamanho, mas por ter sido construído sobre água. Angkor Wat
flutua sobre um pântano sustentado por diversas galerias subterrâneas. O local
foi construído ao longo de 35 anos (muitas catedrais europeias levaram mais de
200 anos e são frequentes vezes menores que Angkor Wat).
Sua
primeira decisão foi a escolha de Vishu como padroeiro - deus hindu, sempre
escolhido pelos reis em tempos de guerra. E em sua homenagem começou-se a
erguer Angkor Wat. O material escolhido não foi a madeira – comum nas
construções do povo Khmer – pois esta, assim como os homens, tem um fim. Para a
tarefa trouxeram cerca de cinco mil operários de todos os lugares dos reinos,
que buscaram pedras e matérias das regiões mais longínquas, revestiram o
pântano e construíram um complexo sistema de engenharia para o templo não
afundar.
Além
do povo, o rei requisitou arquitetos, filósofos, poetas e profetas neste
projeto, para que sua alma fosse direto para o paraíso com a construção do
templo. Sua escala é divina, reproduzindo na terra o mundo dos deuses em ricos
detalhes. A concepção do templo é baseada no Monte Meru, a morada dos deuses,
que estaria localizada em um dos cinco montes ao norte do Himalaia. Por isso,
no centro fica a torre principal, rodeada por cinco torres – com formato de
flor de lótus - que se elevam a 65 metros dos pântanos.
A construção é
toda em laterita – um tipo de solo que, quando seco, se torna uma rocha
resistente. Esta rocha não é muito bela e está cheia de buracos, o que
impossibilitava o trabalho dos escultores para realização dos baixos-relevos e
outros entalhes. A solução veio da vizinha Índia, que utilizava o arenito nas
esculturas de suas construções. Assim, blocos gigantes de quatro toneladas
foram transportados pelos canais.
Esses baixos-relevos ocupam toda a superfície do
templo, seja em forma de adornos arquitetônicos, geométricos, florais, figuras
femininas - presença onipresente - ou simplesmente imitando telhas, portas e
janelas. Cenas do livro Mahabharata, Ramayana, Bhagavata-Purana – textos
clássicos da literatura hindu - assim como um desfile do rei Suryavarman II com
as suas tropas são retratados nessas obras.
Quinhentos acres de floresta tropical foram destruídos para a
construção do templo. Uma tarefa árdua, dificultada pela falta de ferramentas
adequadas, longe das fontes de pedras, com o tormento de insetos e animais, um
calor escaldante e as monções. O local era o mais complexo possível (uma
planície alagada), mas simbolicamente o mais perfeito, pois era o centro do
império.
A
construção foi pensada primeiramente como túmulo do imperador, mas após sua
morte os trabalhos foram interrompidos e o local tornou-se o centro político e
religioso do império, abrigando o templo principal e o palácio real. Seu
sucessor, Jayavarman VIII, que antes era monge budista, mandou remodelar o
templo para adaptá-lo ao seu culto. Mas nesse período o Império Khmer já
entrara em declínio.
Mesmo após a decadência do império, os monges e
alguns habitantes permaneceram no templo. Hoje, os esforços para restaurá-lo -
já foi vitima de saques do Khmer Vermelho na década de 1970 e de contrabandos –
envolvem pessoas de todo o mundo. Sua representatividade é tamanha que sua
silhueta aparece na bandeira do Camboja, tornando-se símbolo do país e seu principal
ponto turístico. Seja pela história ou magnitude, Angkor Wat é o maior entre
todos os templos.
Fonte: obviousmag.org
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