De posse do meu sonho alcandorado,
Vestido pelas cores da aurora,
Lancei-me menino pela vida afora,
Viçoso, tenro, crente, esperançado.
A vida sujeitou-me ao triste fado,
Ao duro dissabor, sorte caipora...
Sem glórias, nem paixões carrego agora,
Um fardo de angústias do passado.
Pela estrada que caminho a esmo,
Eu procuro, disperso de mim mesmo,
Os restos do meu sonho de outrora,
Mas, até a saudade do que fui,
Num mar de sofrimento se dilui
Num vento de incerteza se evapora.
Zenóbio Oliveira, poeta e radialista mossoroense
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