Ignoro como a irrisória aranha de
Gullar,
fincada num verso de Em alguma parte
alguma, veio dar aqui no poema
de Alberto Martins.
Não posso dizer que veio em carne
e osso, não ouso dizer que veio
em alma e corpo, mas era matéria
o bastante para uma página contra
a outra esmagá-la, fazê-la assim,
imortalizada num livro e morta
no outro, sem que eu, a testemunha,
saiba, digamos, interpretá-la.
Eucanaã Ferraz, em Sentimental
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