Olhou
para o teto, a telha parecia um quadrado de doce.
Ah!
— falou sem se dar conta que descobria, durando desde
a
infância, aquela hora do dia, mais um galo cantando,
um
corte de trator, as três camadas de terra,
a
ocre, a marrom, a arroxeada. Um pasto,
não
tinha certeza se uma vaca
e
o sarilho da cisterna desembestado, a lata
batendo
no fundo com estrondo.
Quando
insistiram, vem jantar, que esfria,
ele
foi e disse antes de comer:
‘Qualidade
de telha é essas de antigamente’.
Adélia Prado, em Bagagem
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