sexta-feira, 21 de março de 2025

Meu coração desnudo – I

Meu coração desnudo

1.

Da evaporação e da centralização do Eu. Nisso está tudo. De um certo deleite sensual na companhia dos extravagantes.

(Posso começar Meu coração desnudo não importa onde, não importa como, e dar­-lhe continuidade dia a dia, segundo a inspiração do dia e da circunstância, desde que seja viva a inspiração.)

2.

O primeiro a chegar, desde que consiga ser divertido, tem o direito de falar de si.

Meu coração desnudo

3.

Compreendo que se abandone uma causa para saber o que se experimentará ao servir a outra.

Talvez fosse agradável ser alternadamente vítima e carrasco.

Charles Baudelaire, em Prosa – Diários

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