Tiro
da sua cartola
repleta
de astros,
mil
sobrenaturais
paisagens
de infância.
Sua
bengalinha
queima
os ditadores,
destrói
as muralhas
libertando
os anjos.
Calço
seu sapato
e
eis que percorro
a
branca anatomia
de
pássaros e flores.
Repito
seus gestos
de
amor e renúncia,
de
música ou luta,
de
solidariedade.
Carlitos!
Teu
bigode é a ponte
que
nos liga ao sonho
e
ao jardim tão perto.
José Paulo Paes, em Poesia completa
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