Esta nossa mania de pronunciar corretamente os nomes estrangeiros... O diabo é que, para acertar por palpite, só não os pronunciamos como está escrito. Em 35, no Rio, um sueco, meu companheiro de pensão, me garantiu que Nobel lá se diz Nobél mesmo e não aqui como nestes Brasis: o Prêmio Nóbel, a Coleção Nóbel. Em contrapartida, os estrangeiros não se dão ao mesmo trabalho conosco. Não, não estou me queixando... Eu até gozava imenso um amigo francês que me chamou imperturbavelmente de “Messiê Quintaná” anos a fio, até que um de nós morreu. Era um excelente homem: deve estar no Paraísô.
Mário Quintana, em Caderno H
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