Nunca
terás
a
paz.
Por
mais que a busques,
com
ou sem funcho,
brota
o quintal.
A
paz palmeira
cresce
por trás
de
uma trincheira.
Pobre
de ti
que
a procuras.
Bebes
o ódio
na
tua cuia.
Comes
o ódio,
bolo
em fatias.
Quem
te visita?
O
ódio sempre,
adulterino,
bichado
dentro:
flor,
passarinho.
Palmilhas
tantos recintos,
edifícios,
labirintos.
Só
a paz não te acompanha.
A
paz não gera teu filho
e
se corrói com tua fama,
com
teus talhares, domingos.
Buscas
o que te busca.
Escutas
a lamúria, sem telégrafo,
dos
que a esposam, viúva.
Nunca
terás a paz
nos
sótãos do tempo,
sob
o lençol do sol,
amada
escura.
Renascendo,
vivendo,
castidade
dura,
nem
o amor te dará
o
seu intento.
Carlos Nejar, em Ordenações
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