Ó
romance de linguagem dourada, com sereno alaúde!
Bela
Sereia emplumada, Rainha dos confins!
Deixa
a melodia neste dia de inverno,
Cerra
as velhas páginas, e te cala.
Adeus!
Novamente, contenda feroz
Entre
a maldição e o barro apaixonado
Devo
abrasado passar; provando humilde mais uma vez
O
agridoce desta fruta Shakespeariana.
Poeta
maior! E vós nuvens de Albion,
Geradoras
de nosso profundo e eterno tema!
Quando
atravessar a antiga Floresta de carvalhos,
Não
me deixeis divagar num sonho estéril,
Mas,
quando no fogo me consumir,
Dai-me
novas asas de Fênix para que voe a meu desejo.
John Keats, in Nas invisíveis asas da poesia
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