E espraia acalantos em minha rede.
O beija-flor orbita o néctar
E espalha o pólen da eternidade.
Já reparou na quentura da neve?
Contrasta com o fogo que vai me esfriando.
Macero o trigo na noite
Para nosso pão matinal:
Se isso não for amor, que mais?
Entoo essa canção ao vento
E cada nota tem o seu recanto
Que a brisa leve espalha.
Não é o destino do rio doce
Desaguar no mar diverso?
Estrela, desdenha do meu fado
E na rota do destino
Quem acenderá o luzeiro
E me guiará pela mão
Para fugir desse lado sombrio?
No céu claro, não preciso do ouro
No fim do arco-íris
Mas sim um pote de bondade.
E a paz reinará feito amor
Sim, feito amor!
Elilson José Batista, in Versos à procura de canções
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