Isto
foi há muito tempo, na infância provinciana do autor, quando havia
serões em família.
Juquinha
estava lendo, em voz alta, A Confederação dos Tamoios.
Tarararararará,
tara rararara ra,
Tararararararã,
tarararararara,
Lá
pelas tantas, Gabriela deu o estrilo:
– Mas
não tem rima!
Sensação.
Ninguém parava de não acreditar.
Juquinha,
desamparado, lê às pressas os finais dos últimos versos...
quérulo... branco... tuba... inane... vaga... infinitamente...
Meu
Deus! Como poderia ser aquilo?!
A
rima deve estar no meio diz, sentencioso, o major Pitaluga.
E
todos suspiraram, agradecidos.
Mário Quintana, in Sapato Florido
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