Se é estrangeiro no cosmos quem desconhece o que nele há, não menos estranho é quem não sabe o que nele ocorre. É fugitivo quem foge da razão social. É cego quem fecha os olhos da compreensão. É pobre quem carece de outro e não possui tudo que é útil para a vida. É um abscesso no cosmos quem se afasta e se desconecta da razão da nossa natureza comum por se descontentar com o desenrolar dos fatos, pois a mesma ordenou você e os desenrolou. Amputa-se do estado quem secciona sua própria alma daquela dos animais racionais, as quais são uma.
Marco Aurélio, in Meditações do Imperador Marco Aurélio: Uma Nova Tradução
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