Vem de dentro um rumor de pratos e
talheres. Alguém põe a mesa. Vovô enrola um último cigarro, ao
sereno. Lili vem brincar mais perto da porta. De misteriosas
andanças, aponta, à esquina, o cachorro da casa.
“Está na mesa!”
Agora todos se reunirão em torno à sopa
fumegante.
E em vão a noite apertará o cerco
primitivo. E em vão o antigo Caos, nos confins do horizonte, ficará
rondando como um iguanodonte esfomeado…
Mário Quintana, in Sapato florido
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