Celeste Bogarí... em que recanto
da vida esse teu nome busco?
Ou te criaste apenas
nos delírios mansos
da minha memória?
Mas eu tenho a vaga... não, Celeste, eu
tenho a nítida
impressão de que eras
cor de canela: assim dizia-se então...
E a tua voz — cristal puro —
ondulava no ar que nem vidro soprado
ao ritmo das boás que se usavam no
palco.
Ao mesmo ritmo delas...
e com a mesma envolvente brancura...
Ah, o teu ingênuo sonho de branquidão!
E esse teu nome tão lindo, e ridículo e
triste, Celeste Bogarí...
nem precisas contar-me como foi a tua
história
— se é que um dia exististe.
Mário Quintana
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