Andava em busca de água uma moça do
povo dos nivakle, quando encontrou-se com uma árvore fornida, Nasuk,
o guayacán, e sentiu-se chamada. Abraçou seu tronco firme,
apertando-o com todo o corpo, e cravou suas unhas na casca. A árvore
sangrou. Ao despedir-se, ela falou:
– Como eu gostaria, Nasuk, que fosses
homem!
E o guayacán se fez homem e foi
buscá-la. Quando a encontrou, mostrou-lhe as costas arranhadas e
estendeu-se ao seu lado.
Eduardo Galeano, in Os Nascimentos
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