— Não
quero.
— Hã?
— Já
disse que não quero.
— O
quê?
— Chocolate.
— Chocolate?
— Você
quer me vender chocolate, não é?
— Que
chocolate, minha senhora?!!
— Bala-chiclete?
— Não,
porra!
— O
senhor é Hare Krishna, não é?
— Hã?
— Da
Igreja Amanhecer em Cristo, essas coisas?
— Não!
— É
cego?
— Cego?
— Tá
com uma ferida e quer comprar remédio?
— Chega,
caralho!
— O
quê?
— Isto
é um assalto, não tá vendo?
— Onde?
— Aqui
dentro do ônibus.
— E
por que você não faz alguma coisa?
— Eu?
— Chama
a polícia?
— Essa
velha é doida!
— Quem
é doida?
— Chapadona!
Passa logo a bolsa.
— Não
falei?
— O
dinheiro, minha senhora.
— Não
quero.
— Hã?
— Já
disse que não quero.
— O
quê?
— Chocolate.
— Chocolate?
— Chega,
caralho!
— O
quê?
— Isto
é um assalto, não tá vendo?
— Onde?
— Aqui
dentro do ônibus.
— E
por que você não faz alguma coisa?
— Eu?
— Chama
a polícia?
— Essa
velha é doida!
— Quem
é doida?
— Chapadona!
Passa logo a bolsa.
— Não
falei?
— O
dinheiro, minha senhora.
— Não
quero.
— Hã?
— Já
disse que não quero.
— O
quê?
— Chocolate.
— Chocolate?
— Essa
velha é doida!
— Quem
é doida?
— Chapadona!
Passa logo a bolsa.
— Não
falei?
— O
dinheiro, minha senhora.
— Não
quero.
— Hã?
— Já
disse que não quero.
— O
quê?
— Chocolate.
— Chocolate?
— Você
quer me vender chocolate, não é?
— Que
chocolate, minha senhora?!!
— Bala-chiclete?
Marcelino
Freire, in Contos Negreiros
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