“Uma
criancinha acredita apetecer, livremente, o leite; um menino furioso,
a vingança; e o intimidado, a fuga. Um homem embriagado também
acredita que é pela livre decisão de sua mente que fala aquilo
sobre o qual, mais tarde, já sóbrio, preferiria ter calado.
Igualmente, o homem que diz loucuras, a mulher que fala demais, a
criança e muitos outros do mesmo gênero acreditam que assim se
expressam por uma livre decisão da mente, quando, na verdade, não
são capazes de conter o impulso que os leva a falar. Assim, a
própria experiência ensina, não menos claramente que a razão, que
os homens se julgam livres apenas porque são conscientes de suas
ações, mas desconhecem as causas pelas quais são determinados.”
Spinoza,
in Ética
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