Mas é tudo a mesma
coisa;
E cantarei ao sol.
E cantarei ao sol.
Lábios,
palavras, e lhes armamos armadilhas,
Sonhos, palavras, e são como jóias,
Estranhos bruxedos de velha divindade,
Corvos, noites, carícia:
E eis que não o são;
Já se tornaram almas de canção.
Sonhos, palavras, e são como jóias,
Estranhos bruxedos de velha divindade,
Corvos, noites, carícia:
E eis que não o são;
Já se tornaram almas de canção.
Olhos,
sonhos, lábios, e a noite vai-se.
Em plena estrada, uma vez mais,
Elas não são.
Esquecidas, em suas torres, de nossa toada,
Uma vez por causa do vento, da revoada
Sonham rumo de nós e
Suspirando dizem, “Ah, se Cino,
Apaixonado Cino, o de olhos enrugados,
Alegre Cino, de riso rápido.
Cino ousado, Cino zombeteiro,
Frágil Cino, o mais forte de seu clã bandoleiro
Que bate as velhas vias sob o sol,
Se Cino do alaúde aqui voltasse!”
Em plena estrada, uma vez mais,
Elas não são.
Esquecidas, em suas torres, de nossa toada,
Uma vez por causa do vento, da revoada
Sonham rumo de nós e
Suspirando dizem, “Ah, se Cino,
Apaixonado Cino, o de olhos enrugados,
Alegre Cino, de riso rápido.
Cino ousado, Cino zombeteiro,
Frágil Cino, o mais forte de seu clã bandoleiro
Que bate as velhas vias sob o sol,
Se Cino do alaúde aqui voltasse!”
Uma
vez, duas vezes, um ano –
E vagamente assim se exprimem:
“Cino ?” “Oh, eh, Cino Polnesi
O cantor, não é dele que se trata?”
“Ah, sim, passou uma vez por aqui,
Sujeito atrevido, mas…
(São todos a mesma coisa, esses vagabundos)
Peste! As canções eram dele ?
Ou cantava as dos outros?
E vagamente assim se exprimem:
“Cino ?” “Oh, eh, Cino Polnesi
O cantor, não é dele que se trata?”
“Ah, sim, passou uma vez por aqui,
Sujeito atrevido, mas…
(São todos a mesma coisa, esses vagabundos)
Peste! As canções eram dele ?
Ou cantava as dos outros?
Mas
e o senhor, Meu Senhor, como vai sua cidade?”
Mas
e senhor, “Meu Senhor”, bá! por piedade!
E todos os que eu conhecia estavam fora, Meu Senhor, e tu
Eras Cino-Sem-Terra, tal como eu sou,
O Sinistro.
E todos os que eu conhecia estavam fora, Meu Senhor, e tu
Eras Cino-Sem-Terra, tal como eu sou,
O Sinistro.
Já
celebrei mulheres em três cidades.
Mas é tudo a mesma coisa.
E cantarei do sol.
…eh?… a maioria delas tinha olhos cinzentos,
Mas é tudo a mesma coisa, e cantarei do sol.
Mas é tudo a mesma coisa.
E cantarei do sol.
…eh?… a maioria delas tinha olhos cinzentos,
Mas é tudo a mesma coisa, e cantarei do sol.
“Pollo
Phoibeu, panela velha, tu,
Glória da égide do Zeus do dia,
Escudo d’azul aço, o céu lá em cima
Tem por chefe tua rútila alegria!
Glória da égide do Zeus do dia,
Escudo d’azul aço, o céu lá em cima
Tem por chefe tua rútila alegria!
Pollo
Phoibeu, ao longo do caminho,
Faze do teu riso nossa chanson;
Que teu fulgor ofusque nossa dor,
E que o choro da chuva tombe sem som!
Faze do teu riso nossa chanson;
Que teu fulgor ofusque nossa dor,
E que o choro da chuva tombe sem som!
Buscando
sempre o rastro recente
Rumo aos jardins do sol…
……………………………………….
Já celebrei mulheres em três cidades
Mas é tudo a mesma coisa.
Rumo aos jardins do sol…
……………………………………….
Já celebrei mulheres em três cidades
Mas é tudo a mesma coisa.
E
cantarei das aves alvas
Nas águas azuis do céu,
As nuvens, o borrifo de seu mar.
Nas águas azuis do céu,
As nuvens, o borrifo de seu mar.
Ezra
Pound
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