Ainda
mal que, por essa altura, Pedro Orósio tinha de sair lá fora, por
força, já vinha não resistindo, se sentando no banco de
meia-esguêlha; caçou formas de escapar sem percebido ser. Mas o Ivo
segurou-o pelo paletó: que tal coisa não fizesse, que ficasse! Ah,
não por isso, que até estava gostando apaixonado dessa cantiga, ela
era de referver. Os belos entusiasmos! O que era, era que não
conseguia, não aguentava mais. — “Diabo! Despois tu mija!…”
— o Ivo cochichou ralhando. E o que era justo. Valia a pena, por
tanta saboria de sonância, e o gloriado daquele descante, as grandes
palavras. Valia mesmo, apertar as pernas uma na outra, e curtir a
dura necessidade. O Ivo razão tinha.
Mesmo
porque, por diante, o Laudelim percorria todo o viajar, com suas
vicisses, e dava no vivo da estória cantada — com um sinalamento
preto no céu, e a lua no redeado das árvores, e o rir do corujo
vismáu, saído de sua gruta, que anunciavam a falsimônia. Triz e
truz daí, era aquele desatamento, presto: o nefandório! Arre, al,
que tudo fuzuava, no roldão de uma matança — quando os réus
guerreiros investiam no Rei, de mão-comum, suas espadas. Nas champas
delas o luar lampeava, contra todos os sete o Rei se defendendo, que
esbravejava, acuado mas sem se entregar, ao longo choro do vento e na
solidão dos campos — por força e armas!
Nos
entres dos pés-de-verso, o Laudelim dava um acompanhamento dôce, de
contraste, em diz pim-pim, feito os passarinhos madrugados. Aquela
estória era terrível!
Mais.
Cada que o Rei dava um urro, por ferido — era também um dos
outros, que matado. Travante gritava que malditos fossem, por assim
quererem apagar o rol de tantos benefícios dos palácios. Aí,
então, eles careciam de ser bichos, de ódio. De vezvez defastavam e
revinham, mais crús, sangue se via, de noite, o vermelho nas roupas
semelhava preto. Uivavam. Desuso — que nem um estouro de boiada
curraleira: tudo em estrondo e estraçalho. Mas a dôr no corpo do
Rei ardia, por seus muitos bastantes talhos sofridos, de tanto sangue
que perdia ia-se indo em cansaço, e do seu sangue mesmo precisava de
aparar e rebeber, por não deixar o alento. Pedro Orósio já estava
nas últimas. Mas aí o Rei matava o derradeiro sétimo, e próprio
morria — na horinha de falecer via o escrito de sua velha sina, nos
altos do céu…
Ainda
bem que o Pedro ainda teve tempo de sair do salão, e chegar lá fora
em prazo. Trasquanto os restantes batiam palmas, mais valentes do que
das outras vezes: de entoar e acompanhar assim, o Laudelim merecia
florão de cantador-mestre. Prazia.
Era
o que pensava seo Jujuca, molhando cerveja na boca e atendendo às
perguntas do senhor Alquist. Comovido, ele pressentia que estava
assistindo ao nascimento de uma dessas cantigas migradoras, que
pousam no coração do povo: que as violas semeiam e os cegos vendem
pelas estradas. Até ao seu Juca, seu pai, ou mesmo a um sujeito
rústico braçal, como aquele Ivo, ali defronte, se embaciavam os
olhos, quase de cai lágrimas. — “Importante… Importante…”
— afirmava o senhor Alquist, sisudo subitamente, desejando que lhe
traduzissem o texto digestim ac districtim , para o anotar. Sem
apreender embora o inteiro sentido, de fora aquele pudera perceber o
profundo do bafo, da força melodiã e do sobressalto que o verso
transmuz da pedra das palavras. E seo Jujuca pedia ao Laudelim que
recantasse e acompanhasse em surdina, e ia explicando. Tarefa que se
levava, pois o senhor Alquist queria comentar muito, em inglês ou
francês, ou mesmo em seus cacos de português, quando não se
ajudando com termos em grego ou latim. — “Digno! Digno! Como na
saga de Hrolf filho de Helgi, Hrolf o Liberal: ainda era menino,
quando Helgi morreu, e ele subiu ao trono da Dinamarca…” Referia:
— “Ah, está em Saxo Grammaticus! Ou quando o outro, Hrolf Kraki,
entrou na peleja: foi como um rio estua no mar — ele simultâneo, a
todo átimo pronto na espada, qual com os bífidos cascos o veado se
atira… Está em Saxo Grammaticus…” E, nesse ardor, senhor
Alquist limpava os óculos, e, tornando a entrar na sala o pobre do
Pedrão Chãbergo, um capiau simplório, assim transvisto, sem outro
destaque a não ser o da estatura — o senhor Alquist o admirava,
dizia: kalòs kàgathós… O sertão tivesse mais uns assim.
E
o Pedro vinha voltando, aliviado, caçava seu lugar em seu banco,
dava com os olhos em seo Alquiste. Esse sorria, e para ele levantava
o copo, à saúde, nas praxes. Dizia: — “Escola!…” E ele
Pedro retribuía com o mesmo bom gesto, também já tornava a ter
sede de cerveja, mais bebia. Nisso o Laudelim retomava a cantar a
recém grande cantiga, para os frades ouvirem, pois frei Flôr e frei
Sinfrão estavam chegando.
Num
sempre se podia ficar escutando, sem fastio. Mas o tôo mesmo da
trova se recebia na gente, teso em cheio, precisão de um se
engrandecer, por meio de qualquer movimento — espiritação de
romper, andar, caminhar. — “Eh, bom, vamos, Cronhco?” O Pê-Boi
próprio ora convidava, em doença de se ir. — “Quero com vontade
de dansar um recortado…” E o Ivo também se aluía, quase entre
a-gosto e contragosto, reproduzindo: — “Em boa razão. A pois,
vamos.” Mas o Ivo, em luzes assim, tinha que ficava com os olhos
encarniçados, de cachorro que caçou onça. — “Tu bebe?” “—
Se bebe!” Por bem, os dois saíam, sem menção de ninguém.
Varavam pelas pessôas no sereno. —“Oi lá, Rijino…” “—
Chama ninguém mais p’ra vir, não…” — baixo o Ivo
recomendava. Laudelim descantava solene lá dentro, estribil, ele
cantava continuado. A lua havia, grandada, clara. Eles passavam o
comprido do bêco. Ainda vinha, a toada tarda. Passavam o bambuzal.
“— Se bebe?” “— Bebe!” A cantiga adormeceu.
Aí
eis que ali, no Juajém, na última casa sozinha, na saída para o
Saco-dos-Côchos, estavam todos os companheiros, por cerimônia de
recongraça. — “Ara viva, Pê-Boi! Pedrão Chãbergo, velho!”
Aqueles eram o Jovelino, o Martinho, João Lualino, o Zé Azougue, o
Veneriano, o Hélio Dias Nemes. Pois, iam. Casa de luzinha, no campo,
estavam tocando? Estavam dansando o bendengo. Todos o rodeavam, à
feição de agrados: — “Amigos, ôi Pê amigo!” Pedro Orósio
queria andar a fôlego, singular, com muita perna e muito braço, sem
cuidando; daquela estatura de passo, nenhum com ele podia se
emparelhar. — “Que é isso, gente? Tão me levando de charola?
Deixa de enrolo…” Todos davam a ele a confirmação do riso. —
“Vamos ir, vamos determinar…” — o Ivo Cronhco falava, o Ivo
era o cabecilho. Carecia de ordem, porque tinham estado bebendo. O
Martinho vinha com uma lata com comida de farofa, comia dela com uma
colher. O João Lualino tocava um reco-reco. O Veneriano pegou de ir
na frente. Iam índio-a-índio. Pedro Orósio regozijava de caminhar
de noite, debaixo de lua.
Entremente,
ia cantando. Mal e mal, tinha aprendido uns pés-de-verso, aquela
cantiga do Rei não saía do raso de sua ideia. Canta que canta, até
o Ivo também, de falsete. E o Veneriano, que tinha bom ouvido,
acompanhava, segundando. Era bonito, era bom. Pulgapé devia de ter
vindo. Ao que se podia arejar, cabeça e o corpo ganhando em levezas.
Gostava daquela música. Gostava de viver.
Ao
sim, tinha viajado, tinha ido até princípio de sua terra natural,
ele Pedro Orósio, catrumano dos Gerais. Agora, vez, era que podia
ter saudade de lá, saudade firme. Do chapadão — de onde tudo se
enxerga. Do chapadão, com desprumo de duras ladeiras repentinas,
onde a areia se cimenta: a grava do areal rosado, fazendo pururuca
debaixo dos cascos dos cavalos e da sola crúa das alpercatas. Ou
aquela areia branca, por baixo da areia amarela, por baixo da areia
rosa, por baixo da areia vermelha — sarapintada de areia verde:
aquilo, sim, era ter saudade! O vivido velho dos vaqueiros, gritando
galope, encourados rentes, aboiando. Os bois de todo berro, marruás
com marcas de unha de onça. Chovia de escurecer, trovoava, trovoava,
a escuridão lavrava em fogo. E na chapada a chuva sumia, bebida,
como por encanto, não deitava um lenço de lama, não enxurrava meio
rego. Depois, subia um branco poder de sol, e um vento enorme falava,
respondiam todas as árvores do cerrado — a caraíba, o bate-caixa,
a simaruba, o pau-santo, a bolsa-de-pastor. De lua a lua. Sempre
corriam as emas, os veados, as antas. Sonsa, nadava a sucurijú.
Tanto o gruxo de gaviões, que voavam altos, os papagaios e araras, e
a maria-branca cantava meiguinha, todo aquele arvoredo ela conhecia,
simples, saía pimpã do meio das folhas verdes com um fiinho de
cabelo de boi no bico. Ar assim farto, céu azul assim, outro nenhum.
Uma luz mãe, de milagre. E o coração e corôo de tudo, o real
daquela terra, eram as veredas vivendo em verde com o muito espelho
de suas águas, para os passarinhos, mil — e o buritizal, realegre
sempre em festa, o belo-belo dos buritis em tanto, a contra-sol.
Um
homem chega à porta de sua casa, se rindo de si e escorrendo água,
desvestia pesada a croça de fibra de palmeira bôa. E uma mulher
moça, dentro de casa, se rindo para o homem, dando a ele chá de
folha do campo e creme de cocos bravos. E um menino, se rindo para a
mãe na alegria de tudo, como quando tudo era falante, no inteiro dos
campos-gerais…
Ah,
ele Pedro Orósio tinha ido lá, e lá devia de ter ficado, colhendo
em sua roça num terreol — era o que de profundos dizia aquela
cantiga memoriã: a cantiga do Rei e seus Guerreiros a continuar seus
caminhos, encantada pelo Laudelim. — “Se bebe?” “— Toma
mais não, Pê. A chega.” “— Arre!”
Em
ver, que tinham medo dele. Ah, tinham! Aquele Ivo Crônhico, ranheta,
coçador de costa de mão; aquele Jovelino — eh, bronho, — metade
de si mesmo! Aquele Martinho… Companheiros para ele? De muxoxo…
Cabeçudo como esse Crônhico: pior que se meter o freio na boca dum
ruim burro. E o Veneriano pé prancho, e o focinho do Martinho, e
esse João Lualino assassinador de gente, todos eles. E o Nemes?
Podia algum?! Súcia…
Deveras,
tinham receio. Pois não era? Um exagero de homem-boi, um homão
desses, tão alto que um morro, a sobre. Assim desmarcado, pescoço
que não dobrava, braços de tamanduá, inchos de músculos, aquilo
era de ferro — se ele estouvava, perigava qualquer sociedade,
destruía as certezas. — “Escuta, gente. Escuta, Pê. Vamos
determinar…” — falou o Ivo, quando pararam. — “O quê?!”
“— Pedro Bergo, você tomou demais, você está esquentado.
Então, melhor, reservar com a gente sua garrucha e faca, p’ra se
guardar… Evita alguma distração que você tenha…” “— Ué,
faz diferença?” “— Convinhável dar. O Ivo pode ter razão,
Pê…” “— Escola!…” “— Escola o quê, Pê?
Doideiras…” “— A que te… Tu sabe?!” “— Nome-da-mãe,
não, gente! Paz…”
— “Pois
canta!” — Pedro gritou, animante. — “Escola!… ”
Sobre sem sim, e andado, ele se sentia, estava grave. Pê-Boi,
Pê-Boi, Pê-Boi… Caminhava. Cantava forte, do Rei, com a lua,
pelas estradas, dos Guerreiros, das espadas, do violão do Laudelim.
Bem, agora estava ali mesmo, indo para a festa, indo para sua casa,
para lá do alto do Saco-do-Campo, outras encostas da vertente. Toda
aquela serra subida, cheia de grutas e sumidouros — o dos Morcegos,
o da Lapinha do Geraldo, o do Brejinho, o funil da Pedra Bonita, o do
Corgo do Cuba —, cheia de tratos onde ninguém pode pisar e o
gavião-grande é dono. Conhecia ali, palmo e palmo, também era de
muito terra dele, aqueles contornos. Toda parte, por lá, o corujão
saía esvoaçado dum oco de lapa, pousava em ponta de pedra, dava
gargalhadas — assim com luar a coruja branca depunha sombra. Quanta
coisa que a gente não sabe nunca no escuro, sufocado: como o glude
frio das minhocas da terra. Seo Alquiste soubesse? O frade sabia? Seo
Jujuca? Ele Pedro Orósio tinha sua casinha — uma casinha pobre,
com alpendre, entre umas palmeiras, terra bôa, de orecanga. Perto da
Pedra do Boi, perto do recôncavo dos Monjolos, depois do Pasto dos
Monjolos, depois do Capão do Pequí, rumo a rumo com o Limpa-Goela,
onde tem o morrinho, um cruzeiro e um bananal, indo pelo espigão da
Ponte-Seca… Grande Rei, a tua sorte — pode mais que o teu
valor?
Pedro
Orósio esbarrou. As botinas o maltratavam. Sentou no chão, se
livrou. Deu ao Ivo as botinas, para levar. Grande Rei, a tua
sorte… Daí, se remantelou em pé, calcou bem a terra, sapateou
um tanto. Grande Rei… Tinha ido e tinha voltado, por aquelas
todas fazendas — desde o Apolinário: o Marciano, no caminho das
boiadas do Norte; a Nha Selena, numa belavista, fim de serra; o Nhô
Hermes, na Capivara; a dona Vininha, tinha aquela moça tão alva; o
Jove, donde quebra para as boiadas que vêm do Urucúia e do Abaeté…
Eh, Ivo Crônhico, carrega minhas botinas! Ele, Pê, era o Rei, dono
dali, daquelas faixas de matas, verdes vertentes, grandes morros,
grotas cavacadas e lapas com lagôinhas, poços d’água. Mas é
só baixar as ordens, que havemos de obedecer… Aí entrar outra
vez dentro da Gruta, a Lapa Nova do Maquiné — onde a pedra vem,
incha, e rebrilha naquelas paredes de lençóis molhados, dobrados,
entre as rôxas sombras, escorrendo as lajes alvas, com grandes
formas e bicos de pássaros que a pedra fez, pilhas de sacos de
pedra, e o chão de cristal, semelha um rio de ondas que no endurecer
esbarraram, e vindas de cima as pontas brancas, amarelas,
branco-azuladas, de gelo azul, meio-transparentes, de todas as cores,
rindo de luz e dansando, de vidro, de sal: e afundar naquele bafo sem
tempo, sussurro sem som, onde a gente se lembra do que nunca soube, e
acorda de novo num sonho, sem perigo sem mal; se sente.
Que
desse as armas, por guardar, que era mais assisado — o Ivo fechou
mão nisso. — “Uma osga!” Pê-Boi não queria saber de
embusteria. — “Cuida das botinas, amigo, que eu quero é festa!”
Queria cantar. Vieram todos de parelha… O Rei… E em eles
tremeram peles… A sina do Rei é avessa… O Rei dava, que
estrambelhava — à espada: dava de gume, cota e prancha…
“Remeteram com a fortaleza…” Aí então os Sete matavam o Rei,
à traição. Traição… Caifaz… Parecia coisa que tinha estado
escutando aquilo a vida toda! Palpitava o errado. Traição? Ah,
estava entendendo. Num pingo dum instante. Olhou aqueles, em redor.
Sete? Pois não eram sete?! Estarreceu, no lugar. Soprou. —
“Doidou, Pê? Que foi?” Traição, de morte, o dano dos
cachorros! — “Pois toma, Crônhico!” — e puxou no Ivo um
bofetão, com muito açoite. Estavam na ponte do Ribeirão da Onça.
— “E que foi, gente? Que foi?” Ele cresceu.
Ouviu
o que o Nemes e os outros gritavam:
— Pega,
mata logo, gente, o bruto já desconfiou! Melhor matar logo…
— Aperra!
Atira!
— Agarra!
— “Morrer
à traição? Cornos!” Foi foi uma suscitada, o Pedro se
estabanando. Espera! Zape, pegou o Ivo, deu com ele no chão, e já
arrependia o Martinho no parapeito, o arcou, rachou-o. E vinha no
Nemes, de barba a barba com, e num desgarrão o Nemes era achatado. —
“Toma, cão! Viva o Nomendomem!” Uns com os outros se
embaraçando, travados, e Pê com medonhos gritos moronava por de
entre eles, beligno — eh, Rei, duelador! — e mal o Lualino
gambetava, quem levava o impeito era o Veneriano, despejado lá em
baixo, nos poços, e a cabeça do Zé Azougue sucedia como um ovo
debaixo dum martelo, e o Lualino fugia longe, numa raspada, o
Jovelino caçava de se esconder, o Ivo gritava! E Pedro Orósio, num
a-direita, pisava o Jovelino, metia o pé; o Ivo gemia, não
aguentava o agarre. Os outros, não havia mais. Então Pê-Boi
suspendeu o Ivo no ar, vencilhado, seguro pelo cós, e tirou da
bainha a serenga, e refou nele uma sova, a pano de facão, por sobra
de obra. Daí, trouxe a cara do Ivo a olho, esse tremia, fino, fino.
E quase tornado a si de sua surreição, Pedro Orósio se recompunha,
menos exato, perto de rir. Conforme ainda perguntou:
— Que
foi, Crônhico?
— “Perdão…
Perdão…” — o Ivo mal gemia, em desgovernos, e apertava
fechados os olhos. Pê-Boi riu:
— Terei
matado algum? — perguntou, balançando o Ivo mansamente. —
Cachaças…
Mas
o Ivo agora arregalava os olhos, e tanto tremia, mole e sujo, que nem
uma coisa, bichinho, um papa-coco ou um mocó. Com asco, com pena,
então o depositou, o depôs, menino, no centro do chão.
Daí,
com medo de crime, esquipou, mesmo com a noite, abriu grandes pernas.
Mediu o mundo. Por tantas serras, pulando de estrela em estrela, até
aos seus Gerais.
Guimarães
Rosa, in Corpo de Baile
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