Quem
defenderá a vida dos elefantes
quando a África sangrar?
defenderá a vida dos elefantes
quando a África sangrar?
Quem,
no meio da floresta adentro,
enfrentará a tormenta das noites
sem sono e dos dias sem lembrança?
no meio da floresta adentro,
enfrentará a tormenta das noites
sem sono e dos dias sem lembrança?
Quem
preservará a memória dos elefantes?
preservará a memória dos elefantes?
Quem
ouvirá o seu canto inaudível e
fará revelar os antigos caminhos
pelos quais a matriarca da manada
guiaria seus filhos
ao antigo e derradeiro lugar
dos seus ancestrais?
ouvirá o seu canto inaudível e
fará revelar os antigos caminhos
pelos quais a matriarca da manada
guiaria seus filhos
ao antigo e derradeiro lugar
dos seus ancestrais?
Quem
chorará, como choram os elefantes,
diante do corpo sagrado da matriarca
a repousar em meio à relva que,
pouco a pouco, a resguarda
em seu irremediável
destino?
chorará, como choram os elefantes,
diante do corpo sagrado da matriarca
a repousar em meio à relva que,
pouco a pouco, a resguarda
em seu irremediável
destino?
Quando
seremos como os elefantes
e arrancaremos de nós toda a
ganância, todo o ódio, toda a fúria
que nos faz infimamente pequenos
diante da grandeza,
seremos como os elefantes
e arrancaremos de nós toda a
ganância, todo o ódio, toda a fúria
que nos faz infimamente pequenos
diante da grandeza,
infinita
grandeza,
grandeza,
dos
elefantes?
William
Soares dos Santos
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