Tem uma hora em que
o militante, o conservador, o acomodado, o sectário, o fanático, o
xiita, juntos, chegam lá. É quando passa a carioca. Slogans perdem
feio pras verdades eternas:
- Se verde é
assim, que dirá madura...
- A nora que mamãe
pediu a Deus...
- Eu me afifava
todo nessas covas...
O trânsito
engarrafa, a apuração é outra, ministros corruptos vibram com a
lisura das voltas redondas. Vale todo tipo de aliciamento. Não há
penas previstas - a não ser, depois, saudade e porre.
Os baixinhos são
os mais hipócritas. Pertencem à Tradicional Família Mineira:
fingem que não veem, mas são os que mais pensam bobagem.
Diante do valor da
cauda alevantada, Surtão abana, modestamente, a dele.
E cabe aqui um
instante de profunda reflexão: quantos votamos, no último momento,
atados por qualquer temor obscuro, levados por algum preconceito
latente, visando vantagens pessoais?
Ninguém pode dizer
isso da moça que passa.
Ela não tem rabo
preso. Muito pelo contrário…
Aldir Blanc,
in Brasil passado a limpo
Nenhum comentário:
Postar um comentário