O
tempo escapa e eu não esqueço o dia
Que em minha casa não havia ceia…
Lancheira seca, mesmo assim eu ia
À velha escola, quase doze e meia…
Chutando as pedras que na estrada havia,
Chegava lá com minha cara feia…
Bolsa de lápis quase que vazia,
Mas das pedrinhas que eu juntava…
cheia!
Nas quintas-feiras, o Hino Nacional…
Canção do dia… E o dia principal,
Em que esquecendo a vil miséria e a
fome,
Foi num momento puro e de inocência
Que eu por instinto de sobrevivência,
Tremendo as letras escrevi meu nome.
Manoel Cavalcante, poeta
pauferrense
Nenhum comentário:
Postar um comentário