Uma
mosca pouse no mapa
e
me pouse em Narájow,
a
aldeia donde veio
o
pai do meu pai,
o
que veio fazer a América,
o
que vai fazer o contrário,
a
Polônia na memória,
o
Atlântico na frente,
o
Vístula na veia.
Que
sabe a mosca da ferida
que
a distância faz na carne viva,
quando
um navio sai do porto
jogando
a última partida?
Onde
andou esse mapa que
só
agora estende a palma
para
receber essa mosca,
que
nele cai, matemática?
Paulo
Leminski
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