quarta-feira, 5 de julho de 2017

Não ouso abrir a porta

Eu – Anos – Estive fora – de Casa –
E agora – não ouso abrir
A Porta – vai que um rosto,
Que nunca vi, vai vir

Encarando, e pergunte pelo
Meu Negócio, àquela hora –
Meu Negócio – a Vida perdida –
Aqui – será que ainda mora?

Apalpei meus nervos –
Examinei as Janelas –
O Silêncio – veio em ondas –
E quebrou em minhas Orelhas –

Sorri um sorriso Amarelo –
Não ia temer, quem lá mora –
Eu que afrontei – Perigo – e Morte –
Mas tive medo – àquela hora –

Ajustei a Mão – ao Trinco –
Tremendo com Cuidado –
Vai que a Terrível Porta salta
E me deixa – no chão – caída –

Afastei os dedos da porta,
Como se fosse de Vidro –
E fugi – como um Ladrão –
Tapando bem os Ouvidos –
Emily Dickinson

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