Um
cavaleiro e um cachorro
viajam
para a paisagem.
Conseguiram
que esse morro
não
lhes barrasse a passagem.
Conseguiram
um riacho
com
seus goles, com sua margem.
Conseguiram
boa sede.
Constataram:
cai
a tarde.
Sobre
a tarde, cai a noite,
sobre
a noite a madrugada.
Imagino
o cavaleiro
esta
orvalhada e estrelada.
O
pensar do cavaleiro
talvez
o amar, ou nem nada.
Imagino
o cachorrinho
imaginário
na estrada.
Caía
a tarde.
Para
a tarde o cavaleiro
ia,
conforme avistado.
Após,
também o cachorro.
Todos
— iam, de bom grado,
à
tarde do cavaleiro
do
cachorro, do outro lado
— que
na tarde se perderam,
no
morro, no ar, no contado.
Caiu
a tarde.
Guimarães
Rosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário