Poema ao Primeiro de Maio
1°
de Maio,
do sol vê-se o raio
arauto da vida,
bandeira
estendida,
com a negra divisa
que o povo organiza.
Um
mundo de amor
que extingue o opressor,
termina com a
guerra,
socorre a terra
da morte eminente
sob a
forma doente
do mal capital,
que recebe o aval
dos
vampiros sedentos
pelos jovens rebentos,
sacrificados no
rito,
trabalhando ao apito
que aciona à alvorada,
e
ao fim da jornada,
quando o sol já se pôs.
E a um
barraco depois
seguem rumo inseguro,
um caminho escuro
onde esperam soldados
por patrões ordenados.
Mas
alguns não arreiam,
e indignados semeiam
nos tijolos
pioneiros,
de corpos guerreiros,
a justiça que escavam,
e os braços trabalham
no levante da massa
em
defesa da causa.
Frutificai do martírio
nos campos ó
Lírio,
pois em vão não partiram
e com gloria caíram
em Chicago a tiros,
misturados aos gritos.
Foram
com dignidade
com firmeza e coragem,
pois naqueles
valentes
os cães obedientes
dispararam com fúria.
Mas
para além da penúria
seus irmãos solidários,
não
mais solitários,
organizavam mais firmes
suas marchas
sublimes,
da redenção o ensaio:
O 1° de Maio.
Jaguarape
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