O
mundo interior já não é
a
área nebulosa da nossa mais alta privacidade,
o
espaço das formas quase abstratas
onde
apoiamos nossos desejos.
É
uma abóboda no avesso do mapa,
um
antimapa, com sol perene
e
luz perfeita,
equidistante
e autonutrida,
uma
camada fértil e íntegra
onde
possivelmente vivem
nossos
verdadeiros antípodas.
É
o que dizem os profetas, os perscrutadores dos sonhos,
os
intérpretes dos testamentos.
Mas
eu pergunto pela noite
mãe
do terror e da fantasia,
nutriz
do sobressalto, sol de sombras,
eu
pergunto pela noite que
este
mundo interior não conhece.
A
luz permanente deve queimar como um inferno:
todas
as coisas e todos os seres constantemente exposto e em
silêncio
e insônia
as
peles transparentes e radiosas como as medusas do mito.
Ansiando
pela noite.
Walmir
Ayala
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