E
sonhou a mulher que se cumprira.
E
sonhou que no ventre da guitarra
Silente
uma semente se partira
Em
pranto, riso e música, fanfarra
De
dor e glória por delfim nascido.
E
sonhou a mulher que, enfim florido
Seu
trato de terreno roxo, aberto,
Dormia
sem sonhar sobre o deserto
Passado
que em futuro então se abria
Frutificando
em palmas de alegria.
Na
lira umbilical Orfeu tocava
Acalanto
ilusório à que dormia
E
entre árvores de sonho balançava
A
rede filial inda vazia.
Mário
Faustino
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