sábado, 22 de abril de 2017

A mis soledades voy

Noite, noite após noite, uma outra noite
Veio lembrar-me da beleza, cada
Noite pensando as úlceras do açoite
Solar sobre meus ombros. Noite herdada
De noites ancestrais, áurea cadeia
De lua entrelaçada a lua, estrela
Amalgamada a estrela... A clara teia
Pescava a solidão do sonho pela
Glória do achado faiscante desta
Líquida noite. Estranha, estranha festa
Em que hoje me embebedas, noite ardente.
Mortalhas no oriente e, no nascente,
Fogueiras de alegria... Dura sorte,
Ter de deixar para outra noite a morte.
Mário Faustino

Nenhum comentário:

Postar um comentário