Apago
a vela, enfuno as velas: planto
Um
fruto verde no futuro, e parto
De
escuna virgem navegante, e canto
Um
mar de peixe e febre e estirpe farto
E
ardendo em festas fogo-embalsamadas
Amo
em tropel, corcel, centauramente,
Entre
sudários queimo as enfaixadas
Fêmeas
que me atormentam, musamente
E
espuma desta vaga danço e sonho
Com
címbalos e símbolos, harmônio
Onde
executo a flor que em mim se embebe,
Centro
e cetro, curvando-se ante a sebe
Divina
— a própria morte hoje defloro
E
vida eterna engendro: gero, adoro.
Mário
Faustino
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