“Lorota”,
para mim, é uma manicura gorda. É explorada pelo namorado,
Falcatrua. Vivem juntos num pitéu, um apartamento queno. Um dia
batem na porta. É Martelo, o inspetor italiano.
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Dove está il ruo megano?
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Meu quê?
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Il fistulado del tuo matagoso umbraculo.
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O Falcatrua? Está trabalhando.
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Sei. Com sua tragada de perônios. Magarefe, Barroco, Cantochão e
Acepipe. Conheço bem o quintal. São uns melindres de marca maior.
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Que foi que o Falcatrua fez?
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Está vendendo falácia inglesa enlatada.
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E daí?
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Daí que dentro da lata não tem nada. Parco manolo!
Luís
Fernando Veríssimo, in Comédias para se ler na escola
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