Ontens
e hojes, amores e ódio,
adianta
consultar o relógio?
Nada
poderia ter sido feito,
a
não ser no tempo em que foi lógico.
Ninguém
nunca chegou atrasado.
Bênçãos
e desgraças
vêm
sempre no horário.
Tudo
o mais é plágio.
Acaso
é este encontro
entre
o tempo e o espaço
mais
do que um sonho que eu conto
ou
mais um poema que eu faço?
Nem
tudo envelhece.
O
brilho púrpura,
sob
a água pura,
ah,
se eu pudesse.
Nem
tudo,
sentir
fica.
Fica
como fica a magnólia,
magnífica.
Paulo
Leminski
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