Redesarrumando
velhas prateleiras, notei que as traças preferiam os meus livros em
francês. Estariam elas em um nível de cultura superior ao dos
leitores de hoje? Desdenhariam as traduções de suspeitos
best-sellers ianques, deixariam de lado a propagandística literatura
mafiosa? Que lição! Mas eis que, em plena atmosfera poesca,
descubro a tempo que o segredo estava nas edições propriamente
ditas, aquelas antigas edições amarelas da Garnier e do Mercure,
impressas num papel mais poroso e digestivo... Minha filha, que
desilusão para os amantes do fantástico!
Mário
Quintana, in A vaca e o hipogrifo
Nenhum comentário:
Postar um comentário