domingo, 4 de setembro de 2016

À vida

Não colherás no meu rosto sem ruga
A cor, violenta correnteza.
És caçadora – eu não sou presa.
És a perseguição – eu sou a fuga.

Não colherás viva minha alma!
Acossado, em pleno tropel,
Arqueia o pescoço e rasga
A veia com os dentes, o corcel
Árabe.
Marina Tzvietáieva

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